segunda-feira, outubro 29

O Sexo é Para Ter Filhos: a recordar!


«O acto sexual é para ter filhos» - disse na Assembleia da República, no dia 3 de Abril de 1982, o então deputado do CDS João Morgado num debate sobre a legalização do aborto.
A resposta de Natália Correia, em poema - publicado depois pelo Diário de Lisboa em 5 de Abril desse ano - fez rir todas as bancadas parlamentares, sem excepção, tendo os trabalhos parlamentares sido interrompidos por isso:

Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.

( Natália Correia - 3 de Abril de 1982 )

domingo, outubro 28

Klaus Kinski e a borboleta


AQUI
Um outro lado da questão...quem poderia adivinhar?

Fitzcarraldo


AQUI
Realizado por Werner Herzog, 1982. Com Claudia Cardinale e Klaus Kinski.
Um dos mais extraordinários filmes sobre a capacidade humana de sonhar e de dar tudo por tudo para realizar esses sonhos.
Fitzcarraldo admira profundamente Enrico Caruso, o famoso tenor, e sonha construir uma ópera no meio da selva amazónica. Para tal, procura concretizar um extraordinário empreendimento, de modo a reunir o capital necessário. Grande Otelo e Milton Nascimento também aparecem neste filme, ainda que de forma fugaz.
Klaus Kinski dá uma dimensão magnífica ao seu personagem, mas pôs inúmeras vezes as filmagens em risco devido ao seu abominável temperamento. O resultado foi o que se pode ver
AQUI

segunda-feira, outubro 22

Por que ri a hiena?


Para pensar. Pensar MESMO!

A democracia europeia é uma ficção oca, sem substância, sem sociedade e sem vidaA glória e a euforia são de rigor. O sorriso aberto e satisfeito. A sensação de vitória vê-se na linguagem do corpo. Sócrates venceu. Portugal venceu. A Europa venceu. Todos e cada país venceram. Como previsto, Barroso, Merkel e Sarkozy venceram. Prodi também. E os gémeos polacos igualmente. Percebo por que tanta gente ri de alegria e prazer. Percebo, mas não compreendo. O monstro acabado de criar não dá motivos para rir. Nem sequer sorrir. Mas o Dr. Frankenstein também sorria.

(...)
A questão não é, obviamente, de inteligência ou de informação. É de política e de interesses. Não é muito diferente do que se passa com os dirigentes europeus. Eles não estão enganados. Enganam e mentem porque acreditam no que dizem. A Alemanha quer comprar. A França quer mandar. Juntas, pagam o que for preciso. Pagam para liquidar a agricultura e as pescas de outros. Pagam para investir nos outros países, para lhes comprar empresas e lhes fechar outras. Pagam para poder exportar. Pagam para submeter o continente às suas opções, sobretudo energéticas. Pagam para construir uma fortaleza diante das veleidades russas. Pagam para resistir ou domesticar as multinacionais. Pagam finalmente para evitar os referendos, para evitar que os povos se exprimam sobre a Europa que eles querem fazer. Pagam para construir, nas nuvens, uma ficção, a que já chamam a mais importante realização política do século XX. Tal como o Império britânico. Tal como o Terceiro Reich. Tal como o comunismo soviético.

Os europeus de hoje, isto é, os seus dirigentes políticos, com medo dos seus povos e dos seus eleitores, com receio dos americanos, ameaçados pelas multinacionais, apavorados com o terrorismo, aterrorizados pela imigração, impotentes perante o comércio asiático, têm também ao seu serviço uma capacidade intelectual, política e diplomática sem precedentes. Querem uma Europa unida ou os Estados Unidos da Europa. Vejam o que fizeram, uma Nomenclatura. Uma União que é a mais poderosa entidade na Europa actual e é também a menos democrática.

Tal como a euforia foi grande, também a crise agora vencida era enorme. Não havia crise na Europa, nem na maior parte dos seus países. Não havia crises sociais e económicas graves. Não havia democracia ou estabilidade em risco evidente. Não havia diferendos militares. A paz não estava ameaçada. Havia crise, isso sim, entre eles, entre os dirigentes políticos, entre os Estados, entre as Nomenclaturas. Fizeram a crise. Resolveram-na. Entre eles. Sem os europeus. Talvez mesmo contra os europeus.
António Barreto Retrato da Semana - 20071021

quinta-feira, outubro 18

Je Voudrais pas Crever 2

Je voudrais pas crever
Avant d'avoir connu
Les chiens noirs du Mexique
Qui dorment sans rêver
Les singes à cul nu
Dévoreurs de tropiques
Les araignées d'argent
Au nid truffé de bulles
Je voudrais pas crever
Sans savoir si la lune
Sous son faux air de thune
A un coté pointu
Si le soleil est froid
Si les quatre saisons
Ne sont vraiment que quatre
Sans avoir essayé
De porter une robe
Sur les grands boulevards
Sans avoir regardé
Dans un regard d'égout
Sans avoir mis mon zobe
Dans des coinstots bizarres
Je voudrais pas finir
Sans connaître la lèpre
Ou les sept maladies
Qu'on attrape là-bas
Le bon ni le mauvais
Ne me feraient de peine
Si si si je savais
Que j'en aurai l'étrenne
Et il y a z aussi
Tout ce que je connais
Tout ce que j'apprécie
Que je sais qui me plaît
Le fond vert de la mer
Où valsent les brins d'algues
Sur le sable ondulé
L'herbe grillée de juin
La terre qui craquelle
L'odeur des conifères
Et les baisers de celle
Que ceci que cela
La belle que voilà
Mon Ourson, l'Ursula
Je voudrais pas crever
Avant d'avoir usé
Sa bouche avec ma bouche
Son corps avec mes mains
Le reste avec mes yeux
J'en dis pas plus faut bien
Rester révérencieux
Je voudrais pas mourir
Sans qu'on ait inventé
Les roses éternelles
La journée de deux heures
La mer à la montagne
La montagne à la mer
La fin de la douleur
Les journaux en couleur
Tous les enfants contents
Et tant de trucs encore
Qui dorment dans les crânes
Des géniaux ingénieurs
Des jardiniers joviaux
Des soucieux socialistes
Des urbains urbanistes
Et des pensifs penseurs
Tant de choses à voir
A voir et à z-entendre
Tant de temps à attendre
A chercher dans le noir

Et moi je vois la fin
Qui grouille et qui s'amène
Avec sa gueule moche
Et qui m'ouvre ses bras
De grenouille bancroche

Je voudrais pas crever
Non monsieur non madame
Avant d'avoir tâté
Le goût qui me tourmente
Le goût qu'est le plus fort
Je voudrais pas crever
Avant d'avoir goûté
La saveur de la mort...

Boris Vian

Obrigada, Nuxa

quarta-feira, outubro 17

Uma Verdade Inconveniente 3

"Incertinho como a chuva

Rui Tavares - 20071016

Com a regularidade de qualquer fenómeno natural, a temporada dos prémios Nobel traz-nos sempre o mesmo espectáculo. O clímax dá-se com o Nobel da Literatura e o da Paz e a coreografia é sempre a mesma. Uns dias antes a maioria da opinião conservadora, nos jornais ou na blogosfera, vai ficando inquieta com a possibilidade de ambos os prémios irem parar a alguém "politicamente correcto". Caso o receio se confirme, declaram que o prémio não tem credibilidade nem importância, para no ano seguinte voltarem a passar pelo mesmo ciclo, dando importância a um prémio ao qual garantem não reconhecer credibilidade.


A ironia do Nobel da Paz deste ano é que, se as pessoas a quem ele foi entregue tiverem razão, a comparação que eu usei na primeira frase não está para durar. Daqui a umas décadas, a acreditar em Al Gore e no Comité Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC na sigla inglesa), será difícil entender o que significa "certinho como a chuva", essa figura de estilo tão portuguesinha. À medida que o clima se for tornando imprevisível, a única coisa previsível passará a ser apenas o modo como os prémios Nobel são recebidos. Em particular, podemos não saber se as folhas vão continuar a cair no Outono, mas dá para avançar com elevado grau de probabilidade quem vai dizer o quê quando o Comité de Oslo fizer os seus anúncios.

Deixem-me pôr as cartas na mesa: não sei nada sobre alterações climáticas. Isto não é invulgar: há quem diga que ninguém sabe nada e que Al Gore se limita a inventar. Eu nem isso sei. E também posso dizer, embora isto não tenha qualquer valor, que a minha tendência inicial era para desvalorizar o problema.
As minhas conclusões tenho de tirá-las a partir do debate público. E aí sou forçado a dizer que a posição dos cépticos é cada vez mais frágil e contraditória. Muitos deles começaram por dizer: "Não há alterações climáticas." Depois, passaram para: "Há alterações, mas não são provocadas pelo Homem." Bjørn Lomborg, grande rival público de Al Gore, admite agora que as alterações climáticas são reais e provocadas pelos humanos mas que não vale a pena perder com elas dinheiro que seria mais bem gasto no combate à malária (alguém sugere que se vá roubar dinheiro à luta contra a malária ou será que não há dinheiro disponível, por exemplo, nos gastos militares?).
Também há quem diga que enquanto não houver certezas não vale a pena combater as alterações climáticas, como quem se recusasse a comprar um seguro contra incêndios enquanto não tiver garantias de que a casa vai pegar fogo. Há outros argumentos: que Al Gore é chato, que é pedante, que até lê livros e escreve livros. Ouvimos tudo isso em 2000, quando os seus adversários tentavam pressioná-lo a que reconhecesse a sua "derrota" nas presidenciais; hoje é tão absurdo que já não faz qualquer efeito. Em desespero de causa chegam a citar a sentença de um juiz britânico que identifica "nove erros" no documentário de Gore omitindo a parte onde diz que o filme está "substancialmente correcto".
Apesar disso tudo, eu gostaria que tivessem razão. Seria preferível que noventa por cento dos cientistas não estivesse do lado de Gore. Seria melhor para o planeta. Seria melhor para nós. Simplesmente, não vejo os adversários de Al Gore ganhar este debate. Vejo-os enterrarem-se cada vez mais. "

© 2006 PÚBLICO Comunicação Social SA


Obrigada, Manel ;)

terça-feira, outubro 16

Hummm


Gato fedorento?

Sopa azeda

Verdade Inconveniente 2
in Argos-Zoom, by Pedro Silva


Bem, pessoal, aqui só está a parte mais interessante, para lerem todo o contexto por favor visitem Argos Zoom — e, por favor, não deixem de o fazer, o rapaz teve tanto trabalho a compilar toda aquela informação, o mínimo que podemos fazer é ir até lá espreitar...

...não conhecia este método de responder a um post noutro blog

No meio da tal sopa de palavras fervidas, a única coisa que, de facto, tem alguma coisa a ver com o assunto aqui abordado é a notícia dos valores astronómicos que Al Gore cobra para dar as palestras (já tinha ouvido falar desse aspecto, mas ainda não tinha encontrado a fonte).

Não vivo na alegria de ter algo para ensinar, mas gostava de explicar que não me interessa absolutamente nada se o homem tem rótulo de esquerda ou de boa pessoa ou de oportunista, só me interessa aqui a questão do ambiente.
Nessa perspectiva, sei que o filme tem erros científicos e está em curso uma pesquisa (aproveito para agradecer a amável disponibilidade dos colaboradores) que contrapõe as teorias do filme.

Este assunto, como todos, é para debate: agradeço contribuições e dispenso parvoíces infantilóides.

segunda-feira, outubro 15

With or Without You


AQUI
Ao fundo, a Galáxia conhecida como O Olho de Deus. Cantam os U2.

Telejornal 1410


Gato Fedorento

Défice Orçamental


Gato Fedorento

Il n'y a pas d'amour heureux


AQUI
Canta Georges Brassens. A letra é de Aragon.

Paris, 15 Août


AQUI
Por favor, considerem a breve distorção do piano no início como mero efeito especial... o resto vale bem a pena!...
Ao fundo, Kandinsky: Bleu de Ciel. Canta Barbara.

Je Voudrais pas Crever


AQUI
Espero que consigam perceber as palavras. As belíssimas palavras de Boris Vian.
Ao fundo, Le Rêve de Henri Rousseau, Le Douanier.

domingo, outubro 14

Je Serai Douce



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Barbara, completamente corrosiva...

sábado, outubro 13

Pronúncia do Norte


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A voz magnífica de Isabel Silvestre e uma letra lindíssima: procuro caminhos novos para andar...

Uma verdade inconveniente


Bem... FINALMENTE vi o filme do Al Gore, Uma Verdade Inconveniente.

Lembro-me de ouvir falar bastante sobre este assunto, mas também sempre achei que era um exagero, que era o ciclo normal no planeta, degelo das eras glaciares...
A verdade é que nunca me preocupei o suficiente para ir à procura de mais informação.
Somos assim, se não nos cai no colo...

Como dizia Neale Donald Walsch,
“pensamento, palavras, acção”


Só posso dizer que aconselho a todos (a começarem por) verem o filme.


aqui é o trailer do filme:
aqui o site oficial do filme:

aqui as últimas notícias sobre Al Gore (ganhou o prémio Nobel da Paz):
e aqui, o site do Intergovernmental Panel on Climate Change, das Nações Unidas (que ganhou o Nobel da Paz conjuntamente com Al Gore):

sexta-feira, outubro 12

A Ronda do Soldadinho


AQUI
Letra simplista, mas a voz de Isabel Silvestre continua a ser extraordinária...

Desculpe, não entendi...


(Extractos da entrevista feita por Pedro Almeida Vieira e publicada no “Notícias de Sábado”, suplemento semanal do “DN”, de 6 de Outubro)

Jornalista: Havia vidas desgraçadas quando não existiam divórcios…

Monsenhor LG: Havia e hoje também há. No tempo em que não havia divórcios, havia situações bastante dolorosas, mas a pessoa resignava-se. A mulher dizia: calhou-me este homem, não tenho outra possibilidade, vou fazer o que posso. Ao passo que hoje as pessoas querem safar-se de uma situação e caem noutras piores.

Jornalista: Na sua opinião, uma mulher agredida pelo marido deve manter o casamento ou divorciar-se?

Monsenhor LG: Depende do grau da agressão.

Jornalista: O que é isso do grau da agressão?

Monsenhor LG: Há o indivíduo que bate na mulher todas as semanas e há o indivíduo que dá um soco na mulher de três em três anos.

Jornalista: Então reformulo a questão: agressões pontuais justificam um divórcio?

Monsenhor LG
: Eu, pelo menos, se estivesse na parte da mulher que tivesse um marido que a amava verdadeiramente no resto do tempo, achava que não. Evidentemente que era um abuso, mas não era um abuso de gravidade suficiente para deixar o homem que a amava.

Jornalista: A questão do aborto é outro dos temas em que a Igreja recebe críticas …

Monsenhor LG: Aí é um caso limite em que não há qualquer hipótese da Igreja Católica vir a ceder. A Igreja entende que não temos direito sobre o nosso igual. A vida existe porque Deus quer.

Jornalista: Não faria sentido que, exactamente para evitar abortos, a Igreja tivesse outra postura em relação ao uso de preservativos?

Monsenhor LG: Não creio que em relação ao preservativo seja fácil. Além disso, sabemos que não há capacidade para distribuir a toda a população mundial, sabendo-se ainda que entre 20 a 30 por cento da Humanidade vivem com menos de um dólar por dia, que é o preço de um preservativo.

Jornalista: Porque é que a Igreja se mostra sempre tão rígida, se Deus nos criou com o corpo que temos, as sensações e as necessidades….

Monsenhor LG: Não uma questão da Igreja Católica nem doutras religiões. A sociedade entendeu que a melhor forma de preservar a paz, no fundo o progresso, foi tirar as mulheres da frente dos homens. O perigo não são as mulheres, o perigo está nos homens.

Jornalista: Isso parece-me uma evolução. Há uns séculos, a mulher é que corporizava o mal, o desejo…

Monsenhor LG: Atenção, corporizava no sentido em que se entendia estar a propensão activa no homem. Se o homem não se impressiona com a mulher, a mulher não se impressiona com o homem. O perigo está nos homens, está no macho.

quarta-feira, outubro 10

Com a Devida Vénia...


Como podem dizer que a educação está de rastos?! Já é má-vontade!... Vejam este pombinho, não só a LER, a EDUCAR-SE, mas ainda por cima em estrangeiro!!! O pombinho sabe línguas estrangeiras!
Há algum outro país onde os pombos tenham ocasião de aceder à formação contínua? Há? Hein? Vá, digam lá!

NOTA: Se esta interpretação da imagem não vos agrada, vejam
AQUI

segunda-feira, outubro 8

Have you ever seen the rain?


AQUI
Mais uns interessantes e veneráveis dinossauros...

E ainda outra versão, do John Fogerty.
AQUI
Prefiro esta, devo dizer.

People are strange...


AQUI

Desta, gosto!...

Para o Pedro Silva


AQUI

RIDERS ON THE STORM: lá acabei por tropeçar neles!...

domingo, outubro 7

The Beatles


AQUI
Sgt Peppers Lonely Hearts Club Band
e
AQUI
All You Need Is Love
Duas canções emblemáticas desta banda.

The Doors


AQUI
Nunca gostei muito dos Doors, mas é uma daquelas referências incontornáveis na música ocidental do séc. XX.
Pois seja: aqui está a Alabama Song.

Dona Antónia


- D. Antónia, aqui tem os papéis que pediu.
- D. Antónia era aquela parola dos vinhos! Faz favor trata-me por DOUTORA ANTÓNIA!

Sabemos todos que a ignorância é atrevida... Talvez valha a pena recordar um pouco da história da tal ANTÓNIA DOS VINHOS.
AQUI
e
AQUI

sábado, outubro 6

Gato Fedorento


AQUI
HOMEM BOMBA
e
AQUI
SEQUESTRO DE AVIÃO DA TAP
e
AINDA
ASSISTÊNCIA AO CLIENTE NA TAP

Duas Avós, Uma Neta


Acto 1: Avó A, Avó B, Neta e Polícia Virtual
- Não, eu quero esse lugar!
- Neste lugar está esta senhora. Fica quieta!
- Mas eu quero ficar aí!
- Vai-te lá sentar e fica quieta! Estás a ver ali daquele lado da Avenida? É a Polícia! Se não ficas quieta, levo-te já lá!
- Ó comadre, não devia meter-lhe medo com a Polícia, porque eu já lhe ensinei que deve ir ter com um polícia se estiver atrapalhada!

Acto 2: Avó B e Neta
- Vá, não despenteia a avó!
E a pequenita vá de atirar as mãos ao cabelo grisalho e de o o espetar com toda a força.
- Está sossegada! Olha que tu apanhas! Magoaste a avó! Para a próxima não te trago comigo!
- Não fui eu! - e ria-se, voltando a enfiar as mãos no cabelo e puxá-lo de baixo para cima.
A cena repetiu-se durante dez minutos, enquanto o autocarro não chegava.

Acto 3: Avó B, Neta, Cidadã Stressada, Avó A, e Chófer Virtual
A pequenita entra a correr pelo autocarro dentro, atropelando toda a gente, e vai lá para o fundo, enquanto as avós picam os bilhetes. Não tem mais de quatro anos.
A avó despenteada senta-se no banco antes do meu, a outra avó ocupa um dos lugares individuais do outro lado da coxia. Aquela começa a chamar:
- Camila, anda para aqui, para o pé da avó!
- Mas eu quero ir aqui!
- Anda lá!
- Mas por que é que eu não posso ir aqui?
- Porque aí é muito atrás e há muitos bichos! - diz a outra avó.
- Anda lá! Olha que o senhor chófer zanga-se contigo! E para a próxima não te trago comigo!
Mais dez minutos do mesmo, com variantes em relação aos lugares onde a miúda quer ficar (agarrada ao varão na plataforma, sentada no primeiro banco da segunda metade do autocarro, e tudo o mais que lhe ocorre). Entretanto, o autocarro já circula, dando curvas em rotundas e mudando de direcção em ruas estreitas.
Até que alguém, em completo desespero, diz:
- Desculpe lá, mas essa menina tem que se sentar ou ainda se magoa! Não é nada comigo mas já não aguento o stress! Tu és muito teimosa, e não devias, porque a avó é que sabe, que ela é grande e tu és pequenina. Devias fazer o que a avó manda, porque ela é tua amiga e ela é que sabe!
- É teimosa, pois claro, e vai ser cada vez mais!... ela não a educa! - diz a outra avó.
- Anda lá: olha que esta senhora até te deu o lugar para te sentares aqui!
( A senhora era eu, que estava sentada no banco ATRÁS da Avó B desde o princípio da viagem.)
Depois de mais umas teimosias (- Quero ir para o banco atrás do chófer!) e resistências, a criança lá se sentou onde era suposto. Finalmente, foi um sossego no autocarro.

Este foi mais um daqueles casos em que a responsabilidade não é assumida, antes remetida para o polícia, o chófer, ou qualquer outro que esteja por perto. Não se assume a autoridade inerente ao estatuto, não se assume o papel, não se aproveita para dar alguns rudimentos de ética e de respeito pelos outros - para EDUCAR, em suma. A criança - por sinal simpática e alegre - não tem a mais pequena ideia de que os outros existem e têm o seu próprio mundo. Nem sequer as avós.
Quando crescer com abundantes predicados de monstrozinho egoísta, não faltarão as queixas e o espanto. E se por acaso não aguentar a pressão da realidade, a frustração e a desilusão, nunca hão-de de perceber que lhe calcetaram o caminho para a depressão e a esquizofrenia. Está a caminho mais um adulto infeliz e irresponsável!

Mon Amie la Rose


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Uma canção melancólica, que teve o maior sucesso.

Tous les Garçons et les Filles


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Uma geração inteira se comoveu com esta canção de Françoise Hardy...

sexta-feira, outubro 5

Ma Liberté


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Paulus Bor


THE ENCHANTERESS
Mais um contemporâneo de Rembrandt incluído na exposição.

Aristóteles


Retrato do génio ateniense e mestre de Alexandre o Grande da Macedónia, pintado por outro génio: Rembrandt van Rijn.
A exposição do Met Museum inclui pintores como Frans Hals e Vermeer, para além de outros menos conhecidos.

Met Museum de New York






AQUI
Exposição THE AGE OF REMBRANDT

quinta-feira, outubro 4

Java des Bombes Atomiques


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O video é imperfeito, mas é a voz de Boris Vian que conta...

Déshabillez-moi


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Le Déserteur


AQUI

Monsieur le Président
Je vous fais une lettre
Que vous lirez peut-être
Si vous avez le temps
Je viens de recevoir
Mes papiers militaires
Pour partir à la guerre
Avant mercredi soir
Monsieur le Président
Je ne veux pas la faire
Je ne suis pas sur terre
Pour tuer des pauvres gens
C'est pas pour vous fâcher
Il faut que je vous dise
Ma décision est prise
Je m'en vais déserter

Depuis que je suis né
J'ai vu mourir mon père
J'ai vu partir mes frères
Et pleurer mes enfants
Ma mère a tant souffert
Elle est dedans sa tombe
Et se moque des bombes
Et se moque des vers
Quand j'étais prisonnier
On m'a volé ma femme
On m'a volé mon âme
Et tout mon cher passé
Demain de bon matin
Je fermerai ma porte
Au nez des années mortes
J'irai sur les chemins

Je mendierai ma vie
Sur les routes de France
De Bretagne en Provence
Et je dirai aux gens:
Refusez d'obéir
Refusez de la faire
N'allez pas à la guerre
Refusez de partir
S'il faut donner son sang
Allez donner le vôtre
Vous êtes bon apôtre
Monsieur le Président
Si vous me poursuivez
Prévenez vos gendarmes
Que je n'aurai pas d'armes
Et qu'ils pourront tirer

quarta-feira, outubro 3

Sandman, de Neil Gaiman


Esta BD foi criada por Neil Gaiman em 1988 para o selo Vertigo da Editora DC Comics.
As suas histórias descrevem a vida de Sonho, o governante do Sonhar (o mundo dos sonhos) e sua interação com os homens e outras criaturas.
Histórias recheadas de mitologia... e os desenhos, por vezes também colagens, são fascinantes!

Penso que já citei partes deste livro aqui... é muito mais do que uma simples BD, é pura filosofia e prende-me o pensamento durante dias a fio.

Infelizmente ainda não tenho todos... podem encontrá-los numa Fnac, por exemplo.

No total, são 13 arcos que contam a história de Sandman em 75 números. Entre parênteses, as edições que pertencem a cada arco.
Sandman: Prelúdios e noturnos (01 a 09)
Sandman: A casa de bonecas (10 a 16)
Sandman: Terra dos sonhos (17 a 20)
Sandman: Estação das brumas (21 a 28)
Sandman: Espelhos distantes (29 a 31)
Sandman: Um jogo de Você (32 a 37)
Sandman: Convergencia (38 a 40)
Sandman: Vidas breves (41 a 49)
Sandman: Fim do mundo (51 a 56)
Sandman: Entes queridos (57 a 69)
Sandman: Despertar (70 a 73)
Sandman: Exílio (74)
Sandman: A tempestade (75)


Juntamente com outros autores:
Sandman - The Dream Hunters
Morte - A Festa
Morte - O Preço da Vida
Morte - O Grande Momento da Vida


"Com um punhado de areia eu mostrarei o terror a vocês...

Com estas palavras foi iniciada uma das mais premiadas séries em quadrinhos já escrita e à qual este site é dedicado: Sandman, O Mestre dos Sonhos.
É incrível o modo como o grande mestre Neil Gaiman escreve, nos levando a um mundo tão fantástico como é O Sonhar. Há uma mistura genial de mitos e lendas - onde podemos citar, principalmente, os escritos sobre o 'caído' Luz da Manhã, Cain e Abel, Eva, Odin, Thor, Loki, etc... - fatos e pessoas reais, como Shakespeare, entre outros.

E, como não posso deixar de mencionar, a sua personagem mais cativante e a minha favorita: a Morte...

Então venha conhecer um mundo muito parecido com o nosso, onde sonhar sempre vale a pena!!!" (http://www.sonhar.net/php/index.php)


http://neilgaiman.net/

Shiitake 2

Aula prática nº3

Grelhados com Shiitake
Prepare um molho com os seguintes ingredientes:
2 colheres de sopa de shoyu (molho de soja concentrado)
2 colheres de sopa de saquê
1 colher de chá de açucar
1 colher de café de Ajinomoto (é uma empresa japonesa que produz alimentos, óleos de cozinha e remédios... suponho que não seja um remédio...)

Preparação:
Frite os cogumelos shiitake em manteiga até que fiquem dourados e regue com o molho. Sirva ainda quente sobre os grelhados (bifes, aves, peixes, lombo, etc.)

esta receita foi tirada de "Cogumelo Hobby"

Shiitake

Aula prática nº2 (demorou...)

Antipasto
Ingredientes:
1 cebola média
1/2 pimentão
1 tomate
azeitonas picadas
100 gramas de cogumelos shiitake
sal, azeite, salsinha e orégano

Preparação:
Corte os ingredientes em tiras finas. Refogue a cebola até dourar e acrescente o pimentão. Adicione o shiitake e a seguir o tomate. Tempere a gosto e deixe em fogo brando por aproximadamente 5 minutos. Sirva frio, acompanhado de torradinhas.

esta receita foi tirada de "Cogumelo Hobby"

Cogumelos de Pé Azul

Aqui há uns tempos, consegui finalmente encontrar uma nova espécie de cogumelos à venda... cogumelos de pé-azul. (sim, têm mesmo o pé azul, são bizarros...)
Não fazia a mínima ideia de como cozinhá-los e, claro, não encontrei receitas.
Resolvi usar a receita clássica para cogumelos: azeite, alho, pimenta e sal - salteados.
Arghhh... primeiro deitaram um cheiro muito muito esquisito, que quase me tirava o apetite... no prato, estavam borrachosos e o sabor... não me lembro bem... acho que não sabiam a nada de especial.

Conclusão, devem ter sido mal confeccionados!!
(sim, é lá possível cogumelos não saberem bem?!... )
NÃO USEM A RECEITA CLÁSSICA PARA COGUMELOS DE PÉ AZUL.
Pronto. Era minha obrigação alertar-vos.
prometo que, assim que descobrir, ponho aqui a receita adequada!

Adorava mostrar-vos como são de aspecto, e tirei uma foto aos malfadados na altura, mas não encontro a dita cuja em lado nenhum... lamento.

Dream Machines 2

O novo Mercedes F700... bem, também é só um Mercedes, mas...
tem inovações tecnológicas espantosas e um design... puf!



para os mais curiosos:
http://www.mercedes-benz.pt/content/portugal/mpc/mpc_portugal_website/pt/mpc_splashpage/home/home/about_us/news_and_events/f700_news.html