sábado, abril 12

O Telemóvel segundo JPP



Público,12.04.2008, José Pacheco Pereira:
(...)
À medida que se caminha pela idade acima o conteúdo do telemóvel muda, mas continua pessoal e intransmissível, com os SMS comprometedores que arruínam muitos casamentos, até se tornar quase um telefone de emergência que os filhos dão aos pais com os números deles já gravados e os das emergências: "é só carregar aqui e eu atendo, se houver qualquer problema, assim não se sente sozinho." Sente.
(...)
Por último há o controlo, o magnífico instrumento de controlo que é o telemóvel, pessoa a pessoa, numa rede que prende os indivíduos numa impossível fuga àquilo que é o objecto sempre presente, sempre ligado (os telemóveis desligados são de desconfiar), no qual a primeira pergunta é sempre "onde tu estás?", uma pergunta sem sentido no telefone fixo, esse anacronismo. Adolescentes jovens ou tardios, casais, maridos, mulheres, amantes, namorados, patrões e empregados, jogam todos os dias esse jogo do controlo muito mais importante do que a necessidade de falar ao telemóvel. Na verdade a esmagadora maioria das chamadas de telemóvel não tem qualquer objecto ou necessidade de ser feita, ninguém as faria num mundo de telefones fixos, que não seja pelo controlo, pela presentificação do indivíduo no seu jogo de inseguranças, solidões, afectos, e medos, através da caixa electrónica que se segura numa mão.
Não é a necessidade que justifica a presença quase universal dos telemóveis desde as crianças de seis anos até aos velhos, os milhões de chamadas a qualquer hora do dia, em qualquer sítio, da missa à sala de aulas, do carro à cama, é o complexo jogo de interacções sociais que ele permite, sem as quais já não sabemos viver. Viver num mundo muito diferente e cada vez mais diferente. Historiador


Este texto de JPP merece ser lido na íntegra. É de uma precisão admirável.

quinta-feira, abril 10

Qual é o melhor?


Não é a primeira vez que recebo esta imagem por correio electrónico. Na verdade, acho-a interessante na sua provocativa simplicidade. Não sei qual dos dois mecanismos será o melhor, mas bom mesmo é haver DOIS que se podem articular e complementar...

E viva o amor!

terça-feira, abril 8

Bobby Jean


AQUI

No Surrender


AQUI
AQUI
e
AQUI
Pura alma de adolo heróico!
Um tratado para professores, pais e educadores: no retreat, baby,no surrender!
Vale bem a paciência de ouvir três versões...

domingo, abril 6

Gustave Courbet mais uma vez





Raposa na Neve; A Truta; Jo, A Bela Irlandesa; Homem Ferido: a forma como Courbet pinta animais e pessoas é extremamente interessante pela capacidade de nos dar a realidade com precisão e expressividade.

Gustave Courbet de novo



Auto-retrato e A Onda: em exibição no Met Museum de Nova Iorque.

Gustave Courbet



Jovens nas margens do Sena, 1856–57.

Pintura a óleo sobre tela.
Petit Palais, Musée des Beaux-Arts de la Ville de Paris.
Gustave Courbet é um pintor francês (1819–1877).