É só um Mercedes (SLR), mas tem umas curvas poéticas...
quarta-feira, setembro 26
segunda-feira, setembro 24
Dream Machines 1
A pedido de várias famílias cá vai:
Ferrari 599 Gtb
Aston Martin Vanquish
(manda a tradição que seja conduzido por uma mulher bonita...)
Jaguar xkr cabrio
Callaway c16 cabrioMas o mais fabuloso de todos,
o sonho dos sonhos...
tcham, tcham...
Maserati Gran Turismo
Largo da Ribeira Velha
É preciso ir ao Fugas Lusas, pelo menos virtualmente...
AQUI
A qualidade gráfica do espaço virtual vai bem com a qualidade do espaço físico. É um lugar tranquilo, a dois passos da emblemática Avenida Luísa Todi, num delicioso Largo onde nem se ouvem os carros da avenida, e um enorme plátano quase com meio-século dá sombra e abriga pássaros cantores. Para saberem mais, só no local ou no site!... Mas deixo umas pistas: queijo de Serpa, presunto de Campo Maior, mel da Arrábida, chá da Gorreana, pastéis de Tentúgal, morgadinhos do Algarve, raivas de Aveiro, cogumelos e tomate secos, ervas aromáticas secas e embaladas, licores da Madeira, vinhos escolhidos, pão escuro, enchidos alentejanos, queijos de cabra com urtigas ou pimenta em grão... malas em cortiça, loiças assinadas, lençóis Sampedro, sabonetes Confiança...
Querem mais?...
sábado, setembro 22
Umoja, Quénia
Uma cidade de Mulheres
http://www.maxima.pt/1007/soc/200.shtml
http://www.jambosafaris.com/umojacharity.htm
http://www.samburucouncil.co.uk
Bem... que posso eu acrescentar?
... é inspirador, no mínimo!!
http://www.maxima.pt/1007/soc/200.shtml
http://www.jambosafaris.com/umojacharity.htm
http://www.samburucouncil.co.uk
Bem... que posso eu acrescentar?
... é inspirador, no mínimo!!
sexta-feira, setembro 21
Máquinas de Sonho 4
Tenho um preconceito cultural e estético contra os Mercedes... mas que são confortáveis... são!
Máquinas de Sonho 1
Não sou muito de sonhar com carros - um 2CV estaria muito bem se tivesse umas janelas capazes de se manterem abertas quando chove!... Quando estou mais consciente das vantagens de um carro confortável e fiável, suspiro que me conviria um Golf...
Na realidade, ando a pé já há alguns anos, embora adore conduzir. Pela primeira razão de que não preciso de um carro no dia-a-dia e não vale a pena ter um mono a apodrecer estacionado cinco ou seis dias por semana.
Dito isto, adoro coisas belas, e há carros que são de facto muito belos: verdadeiras obras-primas de engenharia e de estética. Pois resolvi dedicar-lhes alguma atenção...
Talvez comece as aquisições pelo Bugatti azul ou pelo Lotus amarelo...
terça-feira, setembro 18
Trading Places
O Amor Cortês
A cortesia entrou em Portugal pela Galiza. Não é estranho a esse fenómeno social, sem excluir a petição de princípio do amor como invenção do século XII, o facto de as lendas carolíngias teem aceitação nas veigas galegas, como a não tiveram nas dehesas castelhanas.
Foi um francês, André de Chapelain, com o seu Tratado do Amor, quem deu à mulher uma prerrogativa até aí negada pela sociedade mais ou menos bárbara, secular ou religiosa. É certo que S. Paulo tinha dado à mulher um lugar paralelo ao homem na comunidade cristã; mas tratava-se de um laço de fraternidade que foi mais tarde estendido pelo franciscanismo a todo o ser vivo e padecente. A mulher como "origem e causa de todo o bem", só a cortesia a descobriu.
O que é a cortesia? Em primeiro lugar, ela significa o acto de colmatar o espaço vazio entre duas culturas. Na sociedade feudal, muito hierarquizada, o passo essencial da cortesia consistia em preencher a distância entre a elite e a gente comum. Isto só era possível com a função verdadeiramente liberal da generosidade. Generosidade moral e também material; todo o traço de avareza devia ser excluído da cortesia.
André de Chapelain descreve cinco regras do amor cortês como um prémio concedido ao cavaleiro bretão na corte do rei Artur. A primeira regra é a mais espirituosa: "o casamento não é uma desculpa válida para não amar". E acrescenta variadas reflexões sobre o amor, preceitos que se tornaram clássicos no terreno florido ou espinhoso dos amantes: o segredo é indispensável ao amor; o amor demasiado fácil é desprezível; e outras teorias que se qualificaram como verdadeiros aforismos, que sofreram derrotas, que se resgataram por meio da ciência da psicanálise e que o homem subverteu e recuperou através das suas próprias experiências e vicissitudes.
Agustina Bessa Luís, Adivinhas de Pedro e Inês, 1983 (cap. V, OS CASTROS)
Aqui deixo esta pequena passagem de um dos meus livros favoritos, onde mais uma vez Agustina harmoniza admiravelmente a erudição e a reflexão crítica sobre momentos da nossa História.
terça-feira, setembro 11
segunda-feira, setembro 10
Um Peixe Chamado Wanda
AQUI
AQUI
AQUI
Realizado por Charles Crichton, 1988. Com Jamie Lee Curtis, John Cleese, e Kevin Kline. Uma história onde a paixão, a vingança e a ganância se cruzam num humor corrosivo e delicioso. O trabalho dos actores é fabuloso, e a mistura explosiva resulta admiravelmente. Comédia divertidíssima que consegue surpreender-nos até ao fim.
domingo, setembro 9
Tancredi
Marilyn Horne e Montserrat Caballé cantam Lasciami non t'ascolto! da ópera de Rossini, estreada em 1813, no Teatro La Fenice de Veneza.
AQUI
A beleza do timbre de Caballé é deliciosa. Acho extraordinário que consiga estar em cena de um modo tão expressivo, apesar da sua corpulência - e nisto revela o seu talento de diva!
Para os olhos e para o espírito
Para as/os mais sensíveis, aqui fica a confirmação de que o rapaz ficou inteiro: segundo a notícia, "Mais tarde, nesse mesmo dia, esteve muito chegado a uma outra fã"
Fanática por Brad?
Esta foto correu mundo, claro...
Ia tecer algumas considerações, mas prefiro deixá-las ao cuidado dos visitantes que queiram comentar...
Deixo também uma pergunta: acham que isto podia perfeitamente acontecer com o nosso Primeiro?
Il Viaggio a Reims ossia L'Albergo del Giglio d'Oro
Uma das minhas óperas preferidas, de entre a deslumbrante obra de Rossini.
AQUI e ainda AQUI
Nesta produção, (Viena, 1988) Montserrat Caballé e todo um elenco de luxo criam na perfeição o ambiente alegre e um pouco frívolo das vésperas de uma coroação que a todos alegra. A ópera é uma encomenda para celebrar a coroação de Carlos X de França, e a história é completamente destituída de interesse dramático, mas a música é belíssima e exige um vasto conjunto de cantores solistas.
Não deixa de ser interessante o facto de cada personagem representar uma nação europeia convidada para as cerimónias, recebidos numa estalagem enquanto aguardam o momento de se dirigirem a Reims para a coroação. A intriga pretende retratar o carácter próprio de cada uma delas.
Rain Man
Realizado por Barry Levinson, 1988.
Com Dustin Hoffman, Tom Cruise, Valeria Golino.
Belo trabalho de direcção de actores, história interessante e bem contada. Dustin Hoffman extraordinário. Quanto a Tom Cruise, foi neste filme que comecei a acreditar que afinal podia ser um actor...
A não esquecer!
Almost Cut My Hair
David Crosby canta a solo a famosa canção dos Crosby, Stills, Nash and Young.
Remake serôdio ou genuíno talento?
Led Zeppelin
AQUI
Parece que estão a reunir-se de novo...
Nunca tenho a certeza de que estas RE-UNIÕES sejam coisa boa. Nem todos os cantores envelhecem bem e as coisas por vezes têm um inconfundível cheiro a remake barato e e vaidade serôdia.
Em que estado estarão esta voz ácida e perturbadora, e este som inconfundível?
Vou esperar antes de me alegrar!...
Perdidamente
Os Trovante cantam Florbela Espanca.
O vídeo é muito discutível, mas a qualidade do som levou-me a optar por esta versão.
sábado, setembro 8
Florbela 2
1.
Ser poeta
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
é condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
2.
Amar!
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E não amar ninguém!
Recordar?Esquecer?Indiferente!...
Prender ou desprender?É mal?É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
Estes serão, talvez, dois dos mais conhecidos poemas de Florbela Espanca.
A sua poesia é intensa, emotiva e tremendamente apaixonada. As minhas preferências vão para expressões mais depuradas dos sentimentos, e a única explicação que encontro para isso é que o carácter excessivo da sua escrita me assusta. Sinto que as palavras têm uma força imensa, e é necessário domá-las, para que os sentimentos não fiquem à mercê desse poderoso instrumento. Como se houvesse o perigo das palavras tornarem a realidade incomportável para um mortal. Como se tivessem o poder de a ampliar até ao infinito.
Florbela
Florbela de Alma da Conceição Espanca
Vila Viçosa,1894 - Matosinhos,1930.
Obras mais importantes: Livro de Mágoas, 1919; O Livro de Soror Saudade, 1923; Charneca em Flor, 1930
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noitinha de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus braços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E lá como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
(Charneca em Flor)
Meu Amor! Meu Amante! Meu Amigo!
Colhe a hora que passa, hora divina,
Bebe-a dentro de mim, bebe-a comigo!
Sinto-me alegre e forte! Sou menina!
Eu tenho, Amor, a cinta esbelta e fina...
Pele doirada de alabastro antigo...
Frágeis mãos de madona florentina...
- Vamos correr e rir por entre o trigo!
Há rendas de gramíneas pelos montes...
Papoilas rubras nos trigais maduros...
Água azulada a cintilar nas fontes...
E à volta, Amor... tornemos, nas alfombras
Dos caminhos selvagens e escuros,
Num astro só as nossas duas sombras.
(Livro de Soror Saudade)
Ainda Nessun Dorma
Os três tenores brincam entre si!... Carreras, Domingo e Pavarotti
AQUI
Como dizia a minha filha em pequenina: Desconcordo!...
Timbuktu
Este é, para mim, o mais belo dos livros (1999) de Paul Auster, juntamente com Mr Vertigo (1994).
Timbuktu é uma espécie de paraíso dos cães, onde eles ficam depois da morte. O livro é construído em torno de um cão dedicado e do seu dono, e é de uma enorme beleza e sensibilidade. É também implacável, e deixa-nos um pouco tristes, mas tem ainda a grande qualidade de colocar questões importantes e de as abordar de um ponto de vista estimulante para a reflexão.
Mr. Vertigo é sobre um homem que decide aprender a voar. Como metáfora ou parábola, é muitíssimo eficaz. Também aqui encontramos uma imensa beleza, não só na escrita como ainda nas pessoas nele retratadas. Imprescindível ler!
Paul Auster nasceu a 3 de Fevereiro de 1947 em Newark, New Jersey.
Turandot-4
AQUI
Não podia deixar de postar o mais mediático dos tenores: Luciano Pavarotti canta Nessun Dorma
E agora sim, já temos bastante que comparar!
Turandot-3
AQUI
É a vez de Placido Domingo cantar Nessun Dorma. E temos assim já três interpretações para a mesma belíssima aria
Turandot -2
AQUI
Jose Carreras canta Nessun Dorma: a importância da voz e da interpretação dos cantores no resultado final.
sexta-feira, setembro 7
Lacónica?
- Deixa-me cá sentar, já que não me posso deitar!
- Ó mulher, deitada tens tu tempo quando fores no caixão!
- Ora!... Nessa altura, quero lá saber se vou deitada ou a pé!
- Ah, vais mas é de carro! Olha ainda ontem lá foi mais um, com 42 anos, morreu de desastre de automóvel. Aquele que era camionista e foi viver para a Suíça e a mulher foi lá ter com ele porque o trabalho dele era sempre lá, e deixaram as casas alugadas a uns brasileiros e eles deram-lhes cabo das casas, escavacaram os móveis da cozinha todos. Pois foi esse que morreu! Tinha 42 anos e deixa dois filhos, um com 4 anos e o outro com 12. E os brasileiros que estavam nas casas deles foram depois morar para umas casas nas Praias do Sado e lá já não fizeram a mesma coisa, não. Nah que ali o dono das casas estava lá sempre em cima deles. Mas o homem, o camionista, estava com umas calças pretas e uma camisa aos quadrado pretos e cinzentos e um cinto preto e o funeral foi duma agência que é espanhola e tem uma agência cá e outra em Lisboa e foi essa agência que fez o funeral cá. A mulher coitada estava vestida com uma saia preta e uma blusa preta com folhos e com uns sapatos de salto alto. E aquela agência é muito conhecida em Espanha e tem agências na Suíça. Mas aqueles brasileiros que lhes deram cabo das casas, ela trabalha no supermercado lá ao pé da minha tia e ele parece que anda nas obras, mas ela é toda empertigada até parece que é alguém. É como te digo: tinha 42 anos e deixou dois filhos. A vida não é nada! E a gente vai-se assim sem dar por isso e a mulher cá fica coitada com os dois filhos e vamos lá a ver. Então adeus até amanhã! Ó senhor chófer, pare aí faxavor!
quarta-feira, setembro 5
One From The Heart
AQUI
Realizado por Francis Ford Coppola, 1982. Com Frederic Forrest, Teri Garr, Raul Julia, Nastassja Kinski, Lainie Kazan, Harry Dean Stanton.
É um filme sobre o amor, o desencontro e o reencontro, com um tom leve e optimista, filmado como um divertimento. Com um visual muitíssimo elaborado, cria um agradável e eficaz ambiente de sonho. Deixou Coppola na falência, pois o orçamento derrapou rapidamente de 2 milhões de dólares para 25 milhões, à medida que o realizador preferia construir cenários em vez de utilizar os espaços reais de Las Vegas.
A banda sonora, com as vozes de Cristal Gayle e Tom Waits num magnífico contraste, é absolutamente deliciosa.
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