Como sempre nos livros de Murakami, retrata uma viagem interior, um crescimento da auto-consciência. Mas duma forma deliciosamente surreal, dum simbolismo complexo numa linguagem simples e directa. Mágico, profundo, completamente inesperado até ao último momento.
"Cada miúda tem uma gaveta, onde guarda as suas preciosidades, cheia até acima de tralha que não serve para nada. É uma coisa que me seduz. Vou tirando para fora todas aquelas coisas, uma atrás da outra, sacudo o pó e procuro encontrar um sentido para cada uma delas. É essa a essência do atractivo sexual, creio eu. Agora, que não me venham perguntar onde é que isso leva, porque não leva a parte nenhuma. O que acontece é que, se deixasse de o fazer, deixaria de ser quem sou.
Por essas e por outras, agora só penso em sexo. Se concentrar o meu interesse única e exclusivamente em sexo, deixo de ter pena de mim e não tenho de me preocupar se estou a ser trágico ou não."
6 comentários:
Grande safra de leituras, Terra!! :)
carneiro acho que já se encontrou. o selvagem é que vai dar muito trabalho.
Directriz, gostei dessa observação!... ehehheh
pode não parecer, mas é sentida...
bem... antes escondia-me do mundo na almofada... felizmente, agora viro-me mais para os livros. sempre é mais proveitoso... ;) e positivo!!
Tens razão, Terra!... ehheh *
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