sábado, julho 7

Para Não Dizer que Não Falei das Flores


Também conhecida como CAMINHANDO E CANTANDO.
Há vídeos melhores, mas não era o autor a cantar. E eu acho a voz de Geraldo Vandré única e insubstituível. Este é francamente inestético, mas é a voz vibrante da sua juventude.

Parece-me, além disso, um bom exemplo de um certo espírito sixties/seventies: um ideal misto de revolução e flores, fé no poder do povo, uma grande sensibilidade à injustiça social, uma dedicação à causa que o levou à prisão e quase à morte. Uma esperança inquebrantável. Ah, se a esperança chegasse para fazer milagres!

E depois, para os verdadeiros apreciadores, também a versão da idade madura. A estética visual, infelizmente, continua a não ser a melhor!



Mas o que mais aprecio nesta canção é a afirmação da nossa responsabilidade, enquanto cidadãos. Essa é uma mensagem que nunca é demais passar. Não há inocência: ou somos coniventes ou somos activamente conscientes! Nisto reside a essência da democracia!

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