terça-feira, julho 3

Sin City


Realizado por Frank Miller e Robert Rodriguez, 2005
Não costumo gostar de filmes violentos. Sin City é uma constante explosão de violência. A espantosa capacidade de se construir segundo uma estética de BD, respeitando a matriz inicial, é a principal razão para ter gostado desta obra, dirigida com um rigor extremo. O carácter irreal dos personagens, oscilando entre o impossível e o arquétipo, a intensidade que atravessa o filme, o uso avaro da cor, criaram um produto esteticamente invulgar. A verdade é que me surpreendo a mim mesma ao gostar do filme, mas sempre que o revejo verifico que continua a ser fonte de prazer!

3 comentários:

Alda Serras disse...

Gosto da estética precisamente, a cor parca mas sabiamente utilizada, dos narradores, da linguagem a lembrar Dick Tracy, dos movimentos estilizados, do vestuário, dos cenários. Não é apenas mais um filme violento, é uma obra de arte.

Eurydice disse...

É isso, Bell: acho que é por ser uma obra de arte que resiste ao tempo e aos sucessivos visionamentos. A violência faz parte, não é acrescentada nem gratuita.

Tenho reparado que a verdadeira beleza resiste ao tempo, seja nos filmes, nos livros, pessoas ou qualquer outra coisa.

Até o Mickey O'Rourke está esplêndido, quando parecia impossível tirar dele mais alguma coisa de jeito.
Parece que Sin City nos atinge em cheio no que há de mais essencial!

""#$ disse...

Po acaso não gostei tanto assim.
Mickey rourke, quando quer é um excelente actor.
A ideia geral do filme pareceu-me falhada, PORQUE R. Rodriguez não é um grande realizador e Tarantino estava lá para fazer a montagem do filme.