terça-feira, julho 31
Uma coisa é uma coisa...
Basicamente, parece haver dois tipos de pessoas: aquelas que reagem a uma amabilidade pensando: - Ah, tenho muita pinta! Toda a gente vê isso!
E as outras, que pensam: - Mas que pessoa tão simpática! Como é gentil!
No entanto, tenho reparado que ainda há outro tipo. Aquelas que pensam: - O que este tipo quer para me estar a tratar bem? Nah! A mim ninguém me come por parvo!
Men in Black
MEN IN BLACK
Realizado por Barry Sonnenfeld, 1997. Com Tommy Lee Jones, Will Smith, Linda Fiorentino, Vincent D'Onofrio.
MEN IN BLACK 2.
2000, com Tommy Lee Jones, Will Smith, Rip Torn, Lara Flynn Boyle
Filme e sequela que me divertiram imenso, com a sua forma muito própria de tratar a questão da eventual presença de alienígenas no espaço Terra. Excelente comédia, e um bom trabalho de actores. Efeitos especiais eficazes, uma banda sonora adequada, e mistura QB de humor e atracção amorosa. Agradam-me!
Leonhard Euler
1707-1783
"Durante a sua estada em Berlim, que durou um quarto de século, Euler navegou por mares nunca dantes navegados - e elevou a matemática a picos desconhecidos. Muitos dos seus artigos e monografias fundaram, literalmente, novas áreas da matemática, mas também os seus métodos e forma de pensar eram genuinamente inovadores.
Num certo sentido, Euler foi o primeiro matemático da era moderna. Normalmente, associa-se a matemática da era moderna à criação do cálculo infinitesimal, e portanto às figuras de Leibniz e Newton. (...) a perspectiva do autor destas linhas é ligeiramente diferente: aquela só surge quando o infinito está totalmente integrado no nosso modo de pensar. (...) Euler foi o primeiro a fazê-lo de forma sistemática, e quem nos mostra como fazê-lo da forma correcta. Antes de Euler, o infinito aparecia em argumentos pontuais, isoladamente, casuisticamente. newton formula o cálculo diferencial e integral (que apelida de "fluxões") por via essencialmente geométrica, não usando o infinito como ferramenta fundamental. Leibniz utiliza os infinitésimos para definir derivadas e integrais, mas rapidamente eles desaparecem e todos os cálculos se fazem sem o infinito.
(...)Voltaire escarneceu publicamente de Euler caracterizando-o como "alguém que, nunca tendo aprendido filosofia, teve de se satisfazer com a fama de ser o matemático que preencheu mais folhas com cálculos". Frederico II, com as suas preferências por Voltaire e pelos literatos franceses, chamava-lhe "o meu ciclope" - referência pouco humana, mais do que à sua estatura intelectual, ao seu defeito físico.
Em Sampetersburgo, Euler prossegue a sua prodigiosa actividade científica ao mesmo ritmo alucinante. No entanto, sofre em 1771 um rude golpe, que poria fim à vida produtiva de qualquer ser humano normal: perde o olho esquerdo, ficando assim totalmente cego. Mas Euler não parecia deste mundo. Ao que se diz, teria afirmado "assim tenho menos distracções ; agora posso dedicar-me totalmente à matemática". E tinha razão: quase metade da sua produção científica (mais de 400 trabalhos) data desta segunda estada em Sampetersburgo."
Jorge Buescu, in: O Fim do Mundo Está Próximo?
Jorge Buescu escreveu, entre outras coisas, O Mistério do Bilhete de Identidade e Outras Histórias (2001) e Da Falsificação de Euros aos Pequenos Mundos (2003)
domingo, julho 29
Nove Semanas e Meia
AQUI
Aqui
Realizado por Adrian Lyne, 1986.
Com Mickey Rourke e Kim Bassinger. Excelente trabalho dos actores.
Para mim, muito mais do que equacionar a relação entre o erotismo e a paixão, disseca alguns velhos mitos do Homem que nutre, veste, protege e guia a Mulher - e que por isso mesmo a destrói. Completamente erosivo. Nunca vi a sequela: não ficou nada por dizer, neste filme.
Amelia Earhart
Em 1937, com 40 anos, morreu a tentar dar a volta ao mundo em avião. Ela e o seu navegador Fred Noonan desapareceram sobre o Oceano Pacífico, com o combustível esgotado devido aos efeitos do mau tempo que não lhes permitiu uma correcta orientação.
Tinha deixado uma carta ao marido: "Please know I am quite aware of the hazards. I want to do it because I want to do it. Women must try to do things as men have tried. When they fail, their failure must be but a challenge to others."
Quando eu era uma criança, sonhava navegar entre as estrelas, atingir longínquas galáxias e viver extraordinárias aventuras em mundos distantes, à luz de outros sóis e de outras luas... Amelia Earhart era um dos meus ídolos. Pela sua coragem, visão e determinação, mas também pela sua capacidade de sonho.
Gilbert Keith Chesterton
Com a mulher, Frances.
The Man Who Was Thursday, 1908: O Homem que Era Quinta-feira.
Um livro onde nada é o que parece, e nada parece o que é. Metafísica carregada de um humor original, Deus e o Diabo trabalhando cada um para seu lado como manda a tradição, numa canseira infindável.
Criada num catolicismo rígido e severo, onde não havia espaço para interrogações e as dúvidas eram resolvidas pela cartilha, foi uma lufada de ar fresco na minha adolescência.
Se nos lembrarmos que Chesterton era conservador, se converteu ao catolicismo por achá-lo mais compatível com os seus próprios valores universalistas e escreveu obras tão diferentes como Divórcio versus Democracia; A Superstição do Divórcio; Eugenismo e Outros Males; O Apetite pela Tirania; Governo e Direitos Humanos, podemos perceber que era um espírito complexo e invulgar. Era também um homem gregário e afectuoso, com um sólido sentido de humor, uma grande modéstia e uma coragem inabalável na defesa dos seus valores e princípios.
Exprime a sua filosofia política em obras como What's Wrong With The World, 1910, e chama-lhe distributivismo. Pode resumir-se numa fórmula muito simples: todo o homem deveria ter condições para possuir três hectares e uma vaca, de modo a assegurar a sua subsistência e dignidade.
Sim, é uma fórmula estranha, mas tem pelo menos a qualidade de ser coerente com a sua visão conservadora da sociedade.
Para além das mencionadas, deixou muitas outras produções, entre ficção, poesia e ensaio. Inesquecível é o seu original Padre Brown, o investigador perfeito que trabalha tentando entender a alma do criminoso em vez de usar a dedução.
Agora que vai ser reeditado em português O HOMEM QUE ERA QUINTA-FEIRA, valia a pena lê-lo e relê-lo. Existem todas as probabilidades de constituir uma experiência agradável e tonificante.
Mais dados sobre a bibliografia de Chesterton AQUI
The Man Who Was Thursday, 1908: O Homem que Era Quinta-feira.
Um livro onde nada é o que parece, e nada parece o que é. Metafísica carregada de um humor original, Deus e o Diabo trabalhando cada um para seu lado como manda a tradição, numa canseira infindável.
Criada num catolicismo rígido e severo, onde não havia espaço para interrogações e as dúvidas eram resolvidas pela cartilha, foi uma lufada de ar fresco na minha adolescência.
Se nos lembrarmos que Chesterton era conservador, se converteu ao catolicismo por achá-lo mais compatível com os seus próprios valores universalistas e escreveu obras tão diferentes como Divórcio versus Democracia; A Superstição do Divórcio; Eugenismo e Outros Males; O Apetite pela Tirania; Governo e Direitos Humanos, podemos perceber que era um espírito complexo e invulgar. Era também um homem gregário e afectuoso, com um sólido sentido de humor, uma grande modéstia e uma coragem inabalável na defesa dos seus valores e princípios.
Exprime a sua filosofia política em obras como What's Wrong With The World, 1910, e chama-lhe distributivismo. Pode resumir-se numa fórmula muito simples: todo o homem deveria ter condições para possuir três hectares e uma vaca, de modo a assegurar a sua subsistência e dignidade.
Sim, é uma fórmula estranha, mas tem pelo menos a qualidade de ser coerente com a sua visão conservadora da sociedade.
Para além das mencionadas, deixou muitas outras produções, entre ficção, poesia e ensaio. Inesquecível é o seu original Padre Brown, o investigador perfeito que trabalha tentando entender a alma do criminoso em vez de usar a dedução.
Agora que vai ser reeditado em português O HOMEM QUE ERA QUINTA-FEIRA, valia a pena lê-lo e relê-lo. Existem todas as probabilidades de constituir uma experiência agradável e tonificante.
Mais dados sobre a bibliografia de Chesterton AQUI
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Literatura sec. XX; amores e desamores
Blade Runner
Não vou falar de novo sobre Blade Runner. É apenas para completar a referência a Rutger Hauer.
Depois disto fez muitos filmes, quase todos menores, e desempenhou pequenos papéis em filmes como SIN CITY e BATMAN BEGINS.
Mas para mostrar o actor que ele de facto é, estes três bastam: Blade Runner, The Hitcher, Ladyhawke.
Ladyhawke - A Mulher Falcão
Realizado por Richard Donner, 1985. Com Mathew Broderick, Rutger Hauer, Michelle Pfeiffer.
Lamento não ter conseguido o thrailer, de modo a disponibilizar o som original.
É outro dos filmes de que me lembro sempre que se fala de Rutger Hauer
Uma história de amor conforme os arquétipos. A fotografia é de uma grande beleza, a história primorosamente contada, os apaixonados vencem o vilão e tudo acaba em apoteose.
Mathew Broderick desempenha o papel de um larápio espertalhão que põe os seus talentos ao serviço do casal perseguido. Nem sequer falta uma boa dose de humor!
O casting está perfeito, e todos criam admiravelmente o seu personagem.
É absolutamente delicioso.
sábado, julho 28
The Hitcher
Realizado por Robert Hamon, 1986,com Rutger Hauer, C. Thomas Howell e Jennifer Jason Leigh.
Um thriller eficiente, uma visão do mal como realidade e não como carência de bem. Profundo e tocante.
Battlestar Galactica- 2
Apenas umas quantas imagens, que incluem o símbolo da Galactica, os principais membros da tripulação versão 1978 e versão 2003.
A web está cheia de informação pormenorizada, incluindo páginas de clubes de fãs, desenho técnico das naves de combate individuais e da Battlestar (uma espécie de super porta-aviões espacial) Galactica, única que escapou ao ataque dos Cylons e que lidera a retirada dos humanos em busca de um planeta de abrigo.
Um paraíso para quem tem o bichinho destas coisas!... O meu interesse é meramente estético, confesso.
Battlestar Galactica
AQUI
e
AQUI
A história é clássica, os medos são os de sempre. Mas continua a ter significado. Lembro-me de ter adorado os livros na minha adolescência: havia heróis chamados Cassiopeia, Apolo e Athena... Mitos eternos, de heroísmo onde todos contribuem na luta de vida ou morte pelo futuro. Muito belo e muito forte. Também gostei da série.
Hoje Battlestar Galactica é um conjunto de produtos de entretenimento que envolvem livros, BD, video-jogos, e outras adaptações baseadas no conceito original.
Tenho alguma pena que a série não tenha sido um sucesso por cá, pois parece-me muito mais bem conseguida do que o reputado STARTREK. Tanto pelo conceito como pela realização e produção. Mas eu sou aquelas pessoa que não suporta séries onde AS militares aparecem de calções e perna ao léu enquanto que OS militares tapam a perninha com uma decente calça até ao sapato. É assim: cada um tem as suas manias!...
Maria Callas
MADAMA BUTTERFLY de Puccini.
A voz de Maria Callas nem sequer é muito bonita, mas, depois de a ouvirmos, as outras parecem insípidas e impotentes. Há pessoas assim, que estabelecem padrões e se tornam inesquecíveis. Estão para além dos cânones. São em si mesmas o que são.
Como poderiam não ser profundamente solitárias?
Kwame Anthony Appiah
A propósito de um post do ARGOS-Zoom, e por ser um assunto que me PREOCUPA, recordo este contributo para a discussão: AQUI
A versão integral deste texto está disponível em português no Courrier Internacional nº56, de 28 de Abril a 4 de maio 2006.
sexta-feira, julho 27
Águas Turvas
- Ora o senhor aqui tem: uma Pedras e uma Freeze limão.
- Minha senhora, eu pedi uma Pedras normal e uma Pedras limão!...
- Mas eu não tenho Pedras limão.
- Mas eu não quero Freeze limão. Não foi isso que eu pedi.
Dirige-se a um armário frigorífico, agarra na porta e fica a olhar lá para dentro. Acaba por dizer, com um ar surpreendido:
- Ah Pedras limão… pois… não tenho! Só pêssego. Mas tenho Freeze limão.
- Não quero Freeze limão. Então, dê-me outra Pedras normal e fresca.
Tira a Freeze limão do balcão, e diz:
- Ora, Pedras normal… já está aqui!
- Mas é só uma!... eu quero duas!
- Mas aqui está só uma!- e exibe o talão de pré-pagamento.
- Eu paguei um euro e sessenta! Certamente que são duas águas!
Desaparece para junto da caixa, volta, vai ao armário e coloca mais uma Pedras sobre o balcão.
- E o preço é o mesmo?
Regressa à caixa, e volta com uma moedinha que entrega ao cliente. Este agarra no copos e nas garrafas de Pedras e vai juntar-se à pessoa que o espera numa das mesas, murmurando:
- Saco!
Olhando para a cliente que tem estado à espera com um talão na mão, ela diz, a meia voz, com um olhar onde só habita a certeza:
- Ele há pessoas muito complicadas! Eu disse logo que não tinha Pedras limão!
Ainda Acerca da Natureza das Coisas
Acerca da Natureza das Coisas
quinta-feira, julho 26
Os Diários de Che Guevara
AQUI
Realização de Walter Sales, 2004.
Baseado nos Diarios de Motocicleta, de Che Guevara e Con el Che por America Latina, de Alberto Granado. Música de Gustavo Santaolalla.
Jardín
Gustavo Santaolalla
Com um obrigada ao Max!
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música contemporânea; amores e desamores
quarta-feira, julho 25
Le Petit Prince
Quando eu era adolescente, este livro foi-me posto nas mãos como algo de muito recomendável. Nunca ouvi ninguém dizer que não gostava desta obra.
Mas a mim este livro deixa-me um profundo mal-estar, embora o ache, assim à vol d'oiseau, muito bonito, tanto no texto como nas ilustrações. Gosto da escrita de Antoine de Saint Exupéry, dentro da qual destaco Vol de Nuit.
Então, que há de errado com o Princepezinho? Releio-o de vez em quando, na tentativa de desvendar o mistério, e continuo a não saber o porquê desse mal-estar que persiste. Contudo, há um pressentir de que, na realidade, não fala do amor, nem do lado mágico da sedução, nem da saudade, nem da rosa, nem da raposa. Talvez não passe de uma bonita cortina de fumo perfumado, com a qual se escusou de olhar o espelho. O mesmo é dizer, se escusou de olhar o Outro.
Também não gosto de psicanalistas, mas deixo aqui a indicação de um livro curioso, eventualmente útil:
O Essencial é Invisível - uma leitura psicanalítica de O Princepezinho. Autor: Eugen Drewermann. A edição que conheço é do Círculo de Leitores.
terça-feira, julho 24
Rigoletto
Luciano Pavarotti e Verdi: LA DONNA É MOBILE
Não gosto de Pavarotti, mas, sem dúvida, tem uma voz poderosa e o sentido da representação.
segunda-feira, julho 23
Braveheart
William Wallace
Realizado em 1995 por Mel Gibson, que desempenha o papel do herói, William Wallace. Também com Sophie Marceau e Angus MacFadyen.
Mais um personagem interessante num filme onde a guerra faz sentido. Muitas questões pertinentes sobre o poder, o seu exercício, a liberdade e até o amor. Poderoso!
Gladiator
Não encontrei vídeos de qualidade para a cena da batalha inicial. Claro que a grande maioria incide sobre as cenas de luta na arena. O que me parece significar uma certa incompreensão do significado desta batalha. É uma batalha contra a barbárie, sim, mas, ao mesmo tempo, no coração do Império, outros sitiam Roma e os seus valores tal qual como o inimigo às suas portas. Ou talvez sejam ainda mais ameaçadores para a sua grandeza, pois que é o próprio herdeiro do Imperador um desses inimigos implacáveis dos valores da civitas.
Esta é a música que acompanha a batalha que inicia o filme.
Um dos aspectos interessantes do cinema, é a música. A sua adequação às imagens, o modo como as sublinha ou inflecte é algo que me fascina. O próprio uso do silêncio, como sucede em certos momentos, é um desafio à criatividade dos envolvidos.
domingo, julho 22
Ridley Scott
Gladiator
2000 D.C.
Com Russell Crowe,Joaquin Phoenix, Connie Nielsen, Djimon Hounsou, Richard Harris.
Extraordinária produção, música magnífica, guarda-roupa soberbo. Quanto à realização... é Ridley Scott, e o trabalho dos actores não poderia ser melhor!
É muito mais do que um filme de guerra e combates. É um filme que levanta questões fortes e essenciais sobre a ética, o poder, a glória e os reveses da sorte.
Troy
A Guerra de Tróia
Um clássico fenomenalmente revisitado.
Sempre assim foi... motivos políticos, poder, ambição, mascarados por motivos mais nobres.
Troy, com Brad Pitt, Eric Bana e Orlando Bloom
Um clássico fenomenalmente revisitado.
Sempre assim foi... motivos políticos, poder, ambição, mascarados por motivos mais nobres.
Troy, com Brad Pitt, Eric Bana e Orlando Bloom
sábado, julho 21
sexta-feira, julho 20
Acerca do Amor -2
quinta-feira, julho 19
Depressão, stress e ansiedade
Klimt
Há dois anos atrás tive a sorte de me deparar com um livro excelente, que gostaria de dar a conhecer aqui:
Chama-se: Curar o stress, a ansiedade e a depressão sem medicamentos nem psicanálise.
O autor: David Servan-Schreiber, médico e psiquiatra francês, que reparte a sua actividade profissional entre o país de origem e os States. Editora da versão portuguesa: Dom Quixote, 2005.
É um livro útil e também muito interessante pela forma como está escrito e o conjunto de conhecimentos que disponibiliza.
Para dar uma ideia, cito o título de alguns capítulos:
cap. 4- viver a coerência cardíaca; cap. 8- o controle do Qi: a acupunctura manipula directamente o cérebro emocional; cap.9- a revolução dos ómega-3: como alimentar o cérebro emocional; cap.10- Prozac ou Adidas?; cap.11- o amor é uma necessidade biológica.
Gustav Mahler
Austríaco nascido na Boémia,1860-1911, é considerado um dos mais importantes compositores do post-romantismo.
A quase totalidade da sua produção musical consiste em sinfonias e ciclos de canções (lieder).
Este Adagietto da sua Quinta Sinfonia ficou famoso ao ser usado no filme Morte em Veneza.
O Maestro Christoph Eschenbach conduz a Orquestra de Filadélfia.
Agustina Bessa-Luís
Nascida em 1922, no Concelho de Amarante. A 15 de Outubro.
Escritora única no seu género, entre nós, de difícil contextualização na história da literatura portuguesa em termos de correntes, e preocupada com a condição social e cultural dos portugueses, segundo a Wikipedia. Colaborou por várias vezes com Manoel de Oliveira escrevendo diálogos para alguns dos seus filmes.
Tem cerca de cinquenta obras publicadas nos mais variados géneros: romances, peças de teatro, biografias, ensaios, livros infantis.
De todas elas, a minha preferida é Adivinhas de Pedro e Inês, 1983.
Gosto da sua construção em espiral. É como se, partindo de um conjunto de elementos toscos e inacabados, se elaborasse um quadro cujas figuras vão ganhando sentido aos poucos. É sempre o mesmo quadro, mas cada vez mais rico de cores, movimentos, luz e perspectiva. Há algo de artesanal nessa construção, como se deliberadamente Agustina escolhesse seguir um percurso em que parte de uma forma menos perfeita de escrita, aperfeiçoada à medida que a obra se desenvolve e as imagens de Pedro e Inês se vão tornando claras. Como se a própria escrita se iluminasse à medida que a realidade retratada se vai tornando mais clara.
A sua interpretação das razões que motivam a morte de Inês é inesperada e muito pertinente. Admira-me que não seja objecto de mais análises: teria gostado de ver os historiadores discuti-la!
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Literatura sec. XX; amores e desamores
Lawrence Durrell
Escritor britânico, nascido na Índia e falecido em França, 1912-1990.
As obras que mais admiro são QUARTETO DE ALEXANDRIA e QUINTETO DE AVINHÃO.
A forma como constrói estas obras é extraordinária: a mesma história, mas contada do ponto de vista de cada um dos personagens principais em cada um dos volumes. É de uma enorme beleza o resultado, para além da eficácia narrativa. O carácter aberto que isto confere à obra é único. A riqueza dos personagens, a perspicácia dos apontamentos acerca do carácter das pessoas, a calma aceitação -mas não a ocultação- do lado perverso da vida, a fluidez do discurso, a beleza da linguagem: tudo motivos para ter em Lawrence Durrel um escritor permanentemente revisitado e admirado. É um daqueles autores que nos leva a olhar o mundo com outros olhos - uma qualidade que aprecio particularmente.
Há várias traduções de obras suas em português, nomeadamente as duas mencionadas.
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Literatura sec. XX; amores e desamores
A Marcha do Conde Radetzky
Sabiam que o autor é Joahnn Strauss? OP.228!
Maestro Claudio Abbado, Viena 1991
Versão chinesa. Lamentavelmente, não indicam o nome do maestro!
No Colégio onde andei sete anos, era quase sempre ao som desta marcha que saíamos do refeitório, depois do pequeno almoço. O som acompanhava-nos ao longo do corredor até nos sentarmos nas salas de aula e darmos início às tarefas lectivas do dia.
Apesar disso, fiquei a gostar da música! :)
quarta-feira, julho 18
Ishtar
Realizado por Elaine May, 1987 Com Warren Beaty, Dustin Hoffman, Isabelle Adjani.
Um filme absolutamente delicioso do qual só eu pareço gostar!..Um verdadeiro flop comercial!
Na verdade, é tremendamente iconoclasta. Os heróis são uma parelha de cantores-pimba sem ponta de talento, politicamente correctos e completamente totós. A CIA é deixada pelas ruas da amargura. A esquerda também não sai muito bem vista. Há um mapa secreto e um tesouro que é preciso proteger. Uma belíssima mulher que é preciso salvar e cujo amor os dois cantores disputam um ao outro, sem olhar a meios. Um camelo cego e outras atrocidades. Um espanto de imaginação, de humor e de talento. Nenhum cliché é deixado em paz!
É um filme que eu compraria em DVD se o encontrasse: uma verdadeira cura de humor.
A dobragem em castelhano... sorry! Não havia mais nada... e é uma cena significativa.
Terramoto no Japão -2
A força da Natureza revela-se nestas coisas como noutras. A forma como as pessoas respondem também as revela. O que mais me tem impressionado nas fotografias sobre o recente terramoto no Japão - de elevada magnitude - é a grande dignidade das pessoas. Tanto nos simples cidadãos como nas autoridades.
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